O BRASIL E A PERSISTÊNCIA DA DESIGUALDADE

uma análise multidimensional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31510/infa.v21i2.2002

Palavras-chave:

desigualdade, Brasil, renda, educação, saúde

Resumo

O artigo explora a profunda desigualdade social no Brasil, indo além da análise de renda para abordar múltiplas dimensões como educação, saúde, mercado de trabalho e acesso a serviços públicos. Ele destaca que o Brasil é consistentemente classificado entre os países mais desiguais do mundo, com uma concentração extrema de renda nos 1% mais ricos. A desigualdade não se restringe à renda, mas se manifesta em várias esferas da vida, incluindo o acesso desigual a educação e saúde, que perpetuam a exclusão social. O trabalho informal, predominante entre os menos qualificados, e as disparidades raciais e de gênero são abordados como elementos que reforçam essa desigualdade. Além disso, o artigo critica as políticas públicas que, em vez de enfrentar essas desigualdades estruturais, muitas vezes apenas mitigam seus efeitos superficiais. A discussão se amplia para incluir a desigualdade de oportunidades e a injustiça no sistema tributário, que favorece os mais ricos e marginaliza os pobres. O artigo conclui que, para um desenvolvimento mais equitativo, é necessário ir além do crescimento econômico e focar na expansão das liberdades e capacidades individuais, conforme proposto por teóricos como Amartya Sen e John Rawls.

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Biografia do Autor

  • Prof. Dr. Jônatas Rodrigues da Silva, Fatec São Carlos

    Administrador na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e professor na Faculdade de Tecnologia de São Carlos (Fatec São Carlos).

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Publicado

17/09/2025

Edição

Seção

Tecnologia em Gestão Empresarial

Como Citar

RODRIGUES DA SILVA, Jônatas. O BRASIL E A PERSISTÊNCIA DA DESIGUALDADE: uma análise multidimensional. Revista Interface Tecnológica, Taquaritinga, SP, v. 21, n. 2, p. 365–378, 2025. DOI: 10.31510/infa.v21i2.2002. Disponível em: https://revista.fatectq.edu.br/interfacetecnologica/article/view/2002. Acesso em: 5 dez. 2025.