O BRASIL E A PERSISTÊNCIA DA DESIGUALDADE
uma análise multidimensional
DOI:
https://doi.org/10.31510/infa.v21i2.2002Palavras-chave:
desigualdade, Brasil, renda, educação, saúdeResumo
O artigo explora a profunda desigualdade social no Brasil, indo além da análise de renda para abordar múltiplas dimensões como educação, saúde, mercado de trabalho e acesso a serviços públicos. Ele destaca que o Brasil é consistentemente classificado entre os países mais desiguais do mundo, com uma concentração extrema de renda nos 1% mais ricos. A desigualdade não se restringe à renda, mas se manifesta em várias esferas da vida, incluindo o acesso desigual a educação e saúde, que perpetuam a exclusão social. O trabalho informal, predominante entre os menos qualificados, e as disparidades raciais e de gênero são abordados como elementos que reforçam essa desigualdade. Além disso, o artigo critica as políticas públicas que, em vez de enfrentar essas desigualdades estruturais, muitas vezes apenas mitigam seus efeitos superficiais. A discussão se amplia para incluir a desigualdade de oportunidades e a injustiça no sistema tributário, que favorece os mais ricos e marginaliza os pobres. O artigo conclui que, para um desenvolvimento mais equitativo, é necessário ir além do crescimento econômico e focar na expansão das liberdades e capacidades individuais, conforme proposto por teóricos como Amartya Sen e John Rawls.
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